Ou então: Este país que eu adoro, Episódio XII da Série 3.
Quase todos nós portugueses sentimos que a nossa democracia está doente. É o sistema político, é o sistema judicial, é a fuga ao fisco, é, também e sobretudo, as máquinas partidárias.
Parece senso comum que este país precisava de movimentos independentes de cidadãos, com gente séria e competente que pudesse dar um contributo positivo à política nacional. Mas será que é mesmo assim?
Em plena campanha para as eleições autárquicas, mas sobretudo depois dos resultados eleitorais, algum observador mais atento dirá: Olha em Portugal existem muitas candidaturas independentes a ganhar as Câmaras.
Era bom que assim fosse. Estamos a assistir a um movimento de candidaturas independentes à portuguesa, criando uma nova espécie o Candidatus Independentis Arguidus. Hã? Ah pois, senão reparem:
- Valentim Loureiro, o homem que oferece as máquinas de lavar em plena campanha, é arguido, independente e candidato;
- Isaltino Morais, o homem que se esqueceu de declarar em sede de IRS as contas que tinha na Suíça,
- Isabel Felgueiras de Felgueiras, a mulher que não fugiu mas que foi para o Brasil via Madrid e Londres e voltou, após grande sofrimento no Rio de Janeiro, com um bronze invejável.
Esta moda é culpa dos partidos. Passaram anos e anos a acolher como verdadeiros heróis nacionais e mitos da dignidade democrática senhores (para não ofender ninguém) como Pedrosos e companhia envolvidos em processos judiciais. Mas porque razão decidiram agora excomungar esta meia dúzia de pobres coitados e humildes autarcas?
Bem sei que, desculpem-me a violência da expressão, ser suspeito de enrabar criancinhas não é tão grave como ter um saco às cores, comprar árbitros ou ter contas que se não tem, mas que raio, onde ficam os princípios?
De qualquer forma, surge agora em Lisboa uma moda, lançada por aquele Sr. Filósofo que Engana Meio Mundo Casando com Uma Mulher para Ela Ter um Filho sem Ninguém Perceber quem o Fez, de colocar um jardim em cada bairro com uma Bárbara social grátis para idosos. É de gente desta fibra que o país precisa, Srs. Filósofos que Enganam Meio Mundo Casando com Uma Mulher para Ela Ter um Filho sem Ninguém Perceber quem o Fez
Por tudo isto e cantando no português que mais desejo e enchendo os pulmões de ar:
“la la la la la la la e viva España“
É assim camaradas: temos o país que merecemos!
Saudações
Cabrão D´Alfama
Mestre
2 comentários:
Raios parta os Srs Filósofos...
Vi um anúncio mto inspirador....
mostrava Sapos... essa espécie q virou moda, pelos visto...
M de alguma altura do ano...
É que depois tinha a sesta...
Enviar um comentário