quinta-feira, fevereiro 09, 2006

Homine ignorante

Homine ignorante.

É assim que me defino.
Defino-me como pessoa, como mais um número nesta equação.
Uma equação que eu próprio a ignorei.

Ignorei até que me tocou.
Foram horas.
Foram dias.
Meses e anos.
Voltaram-me a tocar onde menos esperava.
Eu que sou ignorante vi.
Senti.
Será que a ela viu?

Ela.
Aquela primeira brisa da manhã na Primavera.
Que vai e vêm.
É fresca, por vezes fria, mas que por dentro nos faz sentir quentes.

Ignorante como sou, quero ignorar.
Deixar passar e não fazer nada.
Virar a cara e seguir.
Porque, eu, não acredito.

Não acredito.
Porque é diferente.
Por ser ignorante.
Por não querer aceitar o que sinto.
Tou a ser precipitado.
Um ignorante precipitado e inseguro.

Ignorante sou. Por ser. Porque assim me apraz, porque é mais fácil não reparar, não sentir.

Se deixo de o ser, que irá acontecer?



Saudações,


Cabrão de Nafarros Mestre

terça-feira, fevereiro 07, 2006

Aquele Fado... Parte II ( Correcção )

Classificação:


Pseudo intelectuais 12

Aristocrato-betos 1

Papoilas que expiraram de validade 1


Tendo em conta o ratio!!!



Saudações,


Cabrão de Nafarros Mestre

segunda-feira, fevereiro 06, 2006

Convocatória

Vem-se.. por este meio convocar a Santíssima Trindade, e apenas a mesma, a comparecer no 8º jantar anual da Irmandade a realizar-se no dia 14 deste mês, na Tasca do costume..

Agradece-se que qualquer um dos 3 terços da mesma entidade, avise sob a forma de comentário se porventura não irá estar presente no mesmo evento até ao dia 12 do presente mês.

Saudações Balblarianas

MDB

domingo, fevereiro 05, 2006

O inicio que depressa vai ser fim porque têm que ser.

Andava há procura, o que encontrava ou pedia demais ou nem me deixava pedir e por vezes eram pedidos a prazo.
Deixei de andar há procura fartei-me. O que aconteceu foi deixaram de pedir demais.. e vi finalmente sem esperar algo que há muito não via - aquele olhar.
Aquele olhar proibido, aquele gesto.
Reconheci.
Contra as minhas convicções, mas também tudo o que queria para mim, contradição que não desejava.
Perguntam-me o que sinto, se gosto, não sei responder, aguardo, mas parece inevitável, tenho medo da contradição do meu coração, da minha consciência, da realidade.
Dizem que têm aquela pontinha daquilo e aquela pontinha de não sei o quê, que sempre quis, a junção que procurava nela.
Sei que sou invisível de momento nem sei como me aproximar não quero errar, não com ela.
Saudações,
Cabrão de Nafarros Mestre

Aquele fado... Parte II

Já com cinco encontros realizados, no " Aquele Fado ", temos o os pseudo-burgueses seguidos dos aristocrato-betos e por últimos aqueles a que o titulo expirou a 31/12/2005.

Encontros já realizados:

Sporting 2 - 1 Belenenses

Sporting 2 - 1 Benfica

Benfica 0 - 0 Belenenses

Belenenses 0 - 1 Sporting

Benfica 1 - 3 Sporting


Classificação:

Sporting 12

Belenenses 1

Benfica 0



Saudações,

Cabrão de Nafarros Mestre.

Identifico-me e quero partilhar.

As coisas vulgares que há na vida
Não deixam saudades
Só as lembranças que doem
Ou fazem sorrir

Há gente que fica na história
da história da gente
e outras de quem nem o nome
lembramos ouvir

São emoções que dão vida
à saudade que trago
Aquelas que tive contigo
e acabei por perder

Há dias que marcam a alma
e a vida da gente
e aquele em que tu me deixaste
não posso esquecer

A chuva molhava-me o rosto
Gelado e cansado
As ruas que a cidade tinha
Já eu percorrera

Ai... meu choro de moça perdida
gritava à cidade
que o fogo do amor sob chuva
há instantes morrera

A chuva ouviu e calou
meu segredo à cidade
E eis que ela bate no vidro
Trazendo a saudade


De Amigo Jorge Fernando cantado pelas meninas, por tudo e por nada me identifico.


Saudações,

Cabrão de Nafarros Mestre

Um doce para um caramelo

Era uma vez um doce chamado caramelo. De sorriso carinhoso, e com voz ternurenta, o caramelo fazia a sua vida todos os dias, sem pensar em mais nada, a não ser viver cada momento e aproveitá-lo ao máximo.
Além desta nobre máxima, era um caramelo com uma actividade mui nobre. Ele ajudava a crescer as flores. Regando-as com o seu carinho diáriamente e educando-as com doses certas de disciplina e recompensa.
Era um caramelo com uma história de vida, algo triste..
Mas mesmo assim parecia que na sua maneira de ser, ele transmitia um amor imenso à sua volta.
Ele merecia melhor.. da vida.
A história acaba aqui. Mas tem continuidade. Assim como a felicidade.
A Dedicatória.. Prometido é devido
Saudações Trovadorescas
Mestre Cabrão da Boina

O profeta de colans

Grande agitação se vive com as caricaturas que se fizeram do profeta Maomé. O “mundo Árabe”, qualquer coisa como três meses depois da sua publicação, indigna-se e revolta-se com a falta de respeito patenteada e em Portugal teme-se mesmo uma “onda de islamofobia”.

No Médio Oriente, aqueles senhores que por lá (se)governam, aproveitam a polémica para minar as cabecinhas dos homens que andam de metralhadora na rua: dão-lhes fósforos para queimar bandeiras, atiçam-nos contra os infiéis, atacam embaixadas, partem uns carros importados e deixam de comprar legos. Mas também, que raio, fizeram uns bonecos do profeta!

Tudo isto lá no médio oriente,
onde um imbecil filho de sultão tem 150 mulheres e vive num palácio com todas as mordomias da sociedade ocidental que ensina o povo a odiar;
onde as mulheres são obrigadas a cobrir o corpo;
onde uma mulher infiel é morta à pedrada;
onde se atacam embaixadas;
onde muitos homens não chegam a dar uma queca na vida;
onde se aprende em miúdo a usar armas;
onde se chama puta às nossas mães, irmãs e mulheres por usarem biquini;
onde os homens só comem porco e bebem álcool quando estão cá;
onde sobretudo, não fosse o facto de existir petróleo, todos eles seriam empregados de hotel onde nós íamos passar férias com as nossas “putas”.

Verdadeiramente, não me parece sequer que aquelas cabecinhas que se vêem nas ruas a protestar saibam o que é uma caricatura. Nunca lhes foi explicado e portanto até devemos aceitar a sua reacção, ou pelo menos enquandra-la numa banda de tolerância, afinal de contas são, nesse aspecto, seres menores.

De qualquer forma, penso que seria útil uma nova caricatura que servisse como evidência do que é, de facto, uma falta de respeito:

1. O Maomé, de colans cor de rosinha, uma mordaça na boca e uma coleira a prendê-lo a uma cruz de david gigante:
2. O Papa alemão a chicotea-lo, usando apenas uma gurka até ao umbigo que deixa-se perceber o preservativo de sabor a kiwi pendurado no nariz;
3. Duas testemunhas de jeová a tentarem vender-lhes cassetes;
4. Uma bancada de cadeira massajadoras onde os deuses dessa gente toda se divertissem a assistir ao espectáculo a beber gin tónico.

(Acreditem que me contive)

Saudações
Cabrão D´AlfamaMestre

O candidato dos combates e dos valores

Um deputado da nossa praça certo dia sonhou ser candidato a Presidente da República. Sonhou ser candidato e sonhou também que o seu partido o apoiaria. Sonhou bem, porque assim, pelo menos em sonhos foi o candidato do seu partido.

O sonho não se concretizou e no dia seguinte voltou a sonhar. Sonhou que era um candidato independente, sempre pronto para o combate, um candidato de valores que representava um conjunto vasto de cidadãos. Sonhou e sonhou bem: ganhou ao candidato do seu partido e teve muitos votos.

Foi, todavia, uma batalha longa e o nosso combativo candidato precisou de baixa médica do emprego. Precisou e teve-a. Um médico passou-lha.

Segundo informação da comunicação social, o nosso combativo candidato em plena baixa da actividade política, foi para o Alentejo com a família, foi à caça, foi à catedral ver o glorioso e, imagine-se, criou um movimento político.

Sim, o nosso candidato dos combates e dos valores em plena baixa médica da actividade política criou o seu movimento político. Vida dura esta de candidado dos combates e dos valores que mais alto se levantam!

Saudações
Cabrão D´Alfama
Mestre