a descarga do autoclismo
o correr desalmadamente para um poço
o apanhar de uma onda de 4,5 metros
o seguir pela portagem em vez da via verde
a vontade de descompor alguém
o dizer mal do benfica
o fazer um download
o deixar queimar uma torrada
o acrescentar de água ao whisky
uma jogada atacante em fut 7
...
IVDG não é nenhum instituto vitivinícola de Gaia.. é algo como interrupção voluntária da gravidez... coisa tal que nem existe.. passo a explicar pela definição de interrupção:
interrupção - Lat. interruptione
s. f.,
suspensão;
acto ou efeito de interromper;
intermissão;
reticência.
interromper - do Lat. interrumpere
v. tr.,
suspender;
atalhar;
fazer parar por algum tempo;
estorvar;
obstar a.
segundo as definições de interrupção e de interromper.. percebo que claramente está mal aplicado o termo ao terminus voluntário da gravidez. Parece-me óbvio que não conseguimos fazer parar por algum tempo a mesma.. Daí que estejamos a discutir polémicamente algo que nem possível é.. mas adiante.
Não querendo influenciar as consciências de ninguém, convém ter presente que a opção de ser determinantemente contra ou a favor deste problema, não o resolve de todo.
De qualquer forma.. se perdi tempo a escrever este artigo, foi porque queria deixar a minha opinião.
Para mim o aborto é como outro crime qualquer.
E a lei, ao contrário do que se pratica em Barrancos (p ex.) é para se cumprir. Foi por isso que fizémos uma constituição.
De qualquer forma, é preciso ter consciência de que despenalizar algo como a morte de um embrião ou feto, é um acto que pura contra-natura. Chegámos a um ponto que qualquer dia, e por se tornar frequente as agressões no trânsito (p ex.) vamos lá embora despenalizar só essas agressões. Porque faz parte da vida..E porque sem elas a malta fica com recalcamentos.. e não vamos querer isso pois não?!
A opção de não engravidar passa por ter consciência e informação sobre o assunto. Mas a partir do momento em que isso acontece, não pode caber qualquer direito a uma legislação de um país, a uma constituição, a uma bandeira.. seja ao que for.. o direito de atentar contra a própria vida.
Muito menos a desculpabilização do acto inpensado ou irresponsável. Porque o filho é filho de Deus em primeiro lugar. Filho de uma humanidade. Ser, vida, desprotegido e sem opção de demonstrar o seu direito de opção sobre a própria vida.
Deve ser consciência que o bebé seja qual for a sua idade uterina, luta até à morte para sobreviver. Desde célula Zigoto até que nasce.
Dou-vos só mais um exemplo: os meninos do rio.
Os meninos do rio de Janeiro são indesejados. São meninos condenados a uma vida de prostituição e crimes violentos para sobreviver desde pequeninos. A lei brasileira não permite, mas todos sabemos que a polícia sempre que pode assasina uns quantos. Aproveitando para não deixar crescer um mal desnecessário à sociedade.
Temos qualquer direito sobre estes meninos de não os fazer nascer? Ou de os assassinar na adolescência?
quando forem referendar, pensem 2 vezes no que estão a fazer.
eu por mim.. referendar a morte.. é o princípio do fim de certos e determinados valores morais, cívicos, sociais, que os Políticos deviam ter obrigação de manter.
Assumir uma gravidez inesperada, faz parte do processo de ganhar responsabilidade e consciência sobre o acto inpensado cometido. Não existem mães que não tenham aprendido com essa experiência, ganho consciência e maturidade. Trata-se de assumir os actos que cometemos.
Valores não contornáveis por projectos de vida profissionais, pessoais, afectivos, não comparáveis ao devido valor da vida de um bébé. Ainda que indesejado.
As que abortam... pela repetição desses hábitos de desresponsabilização.. nunca vão dar o devido valor.
Nunca vão aprender.
Cabrão da Boina
Mestre