terça-feira, dezembro 19, 2006

Intensidade

O tempo não passa. Corre. As palavras não são proferidas. São devoradas.
Intensidade.
Um momento agradável prolonga-se e baralha. Quando dou por ela não sei a quantas ando nem porquê. Simplesmente sei que estou e que estou bem. E que não quero parar. Devia. Mas não quero. E não consigo.Mas devia porquê? Por segurança? Ou falta dela?
A ideia do comando da vida vem novamente à cabeça. Aqui usaria simplesmente o botão do pause. E prolongaria. Prolongaria. Usufruiria. Viveria. Devoraria palavras e olhares. Momentos.
Qual a duração dum momento? Mede-se em segundos, minutos, horas? E porque é que há momentos que duram mais que outros?
Intensidade.O racional. Esse predador que me persegue e impede de cometer loucuras.
Positivo? Negativo? Serei eu capaz de encaixar os momentos nas diversas classificações? Arrumar em gavetas? Necessário? Claro que não.
O racional encolhe-se e dá lugar ao emocional. O emocional prolonga os momentos. Não deixa ver o tempo. Não deixa proferir palavras. Não deixa racionalizar atitudes e reacções.Intensidade.
Conseguimos medir a intensidade? Conseguimos avaliar a sua profundidade? É necessário fazê-lo?
Cumprimentos Natalicíos,
Cabrão de Nafarros, Mestre.

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