Vou dizer a verdade, toda a verdade, e escrevê-la aqui para se tornar um post, um texto, uma história.
Vou dizer a verdade, só a verdade e vou mentir e enganar com a verdade, que vai deixar de o ser para ser mais uma história.
Apenas uma história de “um triste e estranho homenzinho”, havia de me qualificar o Buzz Lightyear se me conhecesse.
Hesito, sempre que escrevo assim, a verdade, sem histórias na história – não me habituo a estórias, desculpa –, hesito, paro, olho em frente para a rua, olho em volta para o quarto vazio, levanto-me, pego no telemóvel e vou até à janela...E se te ligasse? E se te falasse, já que não te consigo escrever? E se me mostrasse assim, assim como sou, embaraçado, tímido, com a voz a falhar-me, a tremer, atado como um miúdo?
Se calhar nem me atendias, vias o meu número e punhas-me no silêncio, no vazio dos que não se conseguem ligar, dos que fogem de sentir, de se expor, de se magoar…Por uma vez não consigo sorrir, não o estou a fazer.
Triste e estranho homenzinho?, mas eu não sou um boneco, Buzz, não sou uma personagem, tu é que és, eu sou uma pessoa, um homem. Um rato?
Se calhar, sou eu que não aguento a verdade e torno a fugir, a escapar, a querer decidir por omissão, pela ausência, pela falta.
Ah! Se isto fosse verdade... estava feito, tramado, apanhado!
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