quarta-feira, agosto 23, 2006

Venus, Hollywood, TV5 e RTP Memória

Neste meu regresso de férias dei por mim agarrado a TV a ver um filme Francês até às 3h da manhã - evidentemente com uma cachopa interessante como actriz principal - e pelo meio vieram-me à memória vários filmes cujo conteúdo deixam um pouco a desejar, sobretudo em termos de originalidade.

Cheguei a uma conclusão, quer dizer a um sentimento de injustiça:
Não percebo a crítica que se fazem aos filmes pornográficos relativamente aos argumentos pouco desenvolvidos e com falta de originalidade.

Vejamos

VENUS:
Hipótese 1:
A moça chama o canalizador que chega com a caixa de ferramentas e uma t-shirt de alças. Ela abrelhe a porta com uma camisa de dormir transparente sem sottien. Ele arranja os canos e pelo meio, cheios de calor, despem-se. Cunnilingus, fellatio, coito vaginal, coito anal, coito interrompido e orgasmo no peito da moça. Ela manda-o embora à pressa que o marido está a chegar.
Hipótese 2:
A aluna com dúvidas vai ao gabinete do professor com uma semi-mini-saia e uns collants até ao joelho. Ele esclarece as dúvidas e pelo meio, cheios de calor, despem-se. Cunnilingus, fellatio, coito vaginal, coito anal, coito interrompido e orgasmo na boca da moça. Chega outra aluna que se ri e a cena repete-se a três.

HOLLYWOOD:
Hipótese 1:
O polícia anda atrás dos maus que estão que estão feitos com um polícia do edifício. Ele incomoda-os e eles estragam-lhe o carro e a casa. Ele manda a família para casada sogra no Kentucky. Numa gigantesca batalha que quase destroi a cidade consegue derrotar os bandidos. Tem a cara amassada e um tiro no braço.
Hipótese 2:
O rapaz das danças de salão conhece uma moça introvertida. Gostam um do outro e, apesar das diferenças concretizam a coisa ao estilo do Venus. Ela não tem jeito para dançar mas ele acredita nas suas potencialidades. Ensina-a e entram num concurso. Ficam em primeiro ou então em segundo com azar.

TV5
Uma moça lindíssima e desenhada com bom gosto é a actriz principal. Aparece uma paisagem de um prado e, do nada, vê-se a moça nua. Aparece uma vinha e, do nada, vê-se a moça nua. Aparece um amigo de infancia e concretizam ao jeito do Venus. Aparece um castelo e, do nada, vê-se a moça nua.

MANUEL OLIVEIRA
Uma rapaz estaciona o carro. O rapaz sai do carro. O rapaz dirige-se ao café. O rapaz pede um café. O rapaz bebe o café. O rapaz pede a conta. O rapaz paga a conta. O rapaz não atende uma chamada. O rapaz esboça um sorriso para a empregada. O rapaz volta ao carro devagar.

Percebem porque me interrogo?

Saudações
Cabrão D´Alfama
Mestre

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