Juan e Lolita encontravam-se no aeroporto de Caracas à largas horas esperando Ricardo. Lolita, nervosa com o reencontro, nem sequer tinha comido e desesperava pois tinha feito uma porção do doce preferido de Ricardo.
Tratava-se de um doce de mel, natas e amora silvestre e Lolita sabia bem que Ricardo só o comia praticamente acabado de fazer.
É então que Lolita e Juan, no meio da multidão que esperava à saída das chegadas (saída das chegadas pareceu-me muito bem) avistam Ricardo. Lolita acotovela Juan e exclama:
Lolita: Juan Juan mira mira!
Juan: Que puta. Calçanita branca. Que puta! Mas que tá dançado lo parvo!
Ricardo seu jeito oscilante de andar, num misto de bailarina de dança do ventre com Eládio Clímaco. Acerca-se dos pais e diz:
Ricardo: Menos mal, piensiava que tenia de esperar por voz-outros.
Lolita: Hirro, mi abricia!
Ricardo: Voi cumprimentar a mi padre. Tu a mi não es nada!
Lolita sai direita ao parque de estacionamento carregando a dor do momento, a mala de rodas que Ricardo lhe dera para carregar e o doce que este se recusara a comer por ter sido feito à muito tempo.
Ricardo: Padre, ai chumbado a “Dialectos e Grunhidos do Corno de África – Sec. II a Séc III”.
Juan: Ahora te viestes daquilo que és?
E abraçam-se.
Veja ou leia o episódio anterior em:
http://irmandadedoscabroes.blogspot.com/2006/06/bandolero-episdio-1-da-srie-1-ricardo.html
Saudações
Cabrão D´Alfama
Mestre
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