Querida.
De que me serve a escrita se nem sequer te conheço.
Para que a inventaram, se me é proibido embriagar-me com o teu perfume.
Porque razão me roubaram do alfabeto as letras do teu nome, os símbolos da tua presença, a pontuação do teu corpo.
Como é possível discretear o mundo, sem gritar ao vento o que quero dizer-te ?
De que me serve a escrita se ela não embala os meus sonhos ?
E assim fico um apaixonado sem coragem!
Quis largar a paixão e tornar-me corajoso...
Conseguirei encontrar quem me dê um coração?
Saudações Natalícias,
Mestre Cabrão de Nafarros.
1 comentário:
Xiça homem! Vosselência tem que se distrair para se abstrair disso! Até para mim é angustiante, que não sei todos os pormenores nem tão pouco acompanho tal assolapamento amoroso com a devida assiduidade! Vou-lhe enviar uma série de camisolas de lã às quais é preciso remover os borbotos, de preferência um a um, cuidadosamente... Que me diz, hummm? É duplamente útil, pois as minhas camisolas ficam outra vez com bom aspecto e vosselência não pensa no que lhe provoca mal-estar!
Com um sorriso nos lábios e uma camisola de lã decente, tudo se enfrenta, verá! Coragem!
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