sexta-feira, setembro 14, 2007

Dói?! Um tapinha não dói!


Ui ui.. a Caixa Geral de Depósitos não deve estar nada contente..
citando:
"eu tava tentando protêgê o minino quaresma di levá um tapa.. então si voçê reage não é di bráços cruzados né?! tâmbém estiquei o braço prá tapeá o jogador! né pronto! normau! simplis!"

enfim..

Imagino que depois de ter investido num dos anúncios mais caros de sempre da história da publicidade em Portugal, a CGD esteja um pouco preocupada com a sua gestão de imagem.. o banco do estado usa como imagem de credibilidade um selecionador nacional, que "tapêia" jogadores porque os milhares de contos que recebe por mês não lhe chegam para saber digerir os insucessos profissionais.. e passar bem por cima disso.
A nike bem se lixou quando o Eric Cantona saltou para o público em vôo.. mas enfim.. toda gente continua a comprar as camisolas do united, e o jogador foi irradiado do que podia ter sido uma carreira brilhante.
É como o outro françês de origem argelina que decidiu ver se a sua careca era tão dura como as costelas do adversário italiano..
enfim..

Saudações
MCDB

A.A

Falar para um grupo de terapia é sempre constrangedor, já se esteve ali sentado a ouvir os outros, já se conhece o molde em que é feito, mas tudo o que se possa dizer parece agora pouco, o que nos levou lá parece insignificante perante as outras vidas.
Ele estava ali em pé parado, silencioso perante um grupo que o olhava ansioso, esperando a relativização dos seus próprios problemas. Se o seu mentor não o tivesse empurrado, nunca teria tido sequer a coragem de tentar.
Sabia que tinha de começar, só que na garganta estava um nó que lhe negava o verbo.Começou por balbuciar imperceptíveis palavras, entre gaguejos e entaramelares, a sua vida foi aparecendo lentamente. O olhar atento dos outros motivou-o a continuar. A sua vida era um caos, nascera debaixo de uma austera educação católica que o levara a tornar-se num menino da Igreja devoto e solidário, uma boa alma virtuosa, incapaz de pecar.
Vivia uma existência crente que lhe criara bloqueios, num mundo agressivo e violento que constantemente o atacava, e ele claro era compelido, pela sua conduta devota, a dar a outra face. O mundo não é piedoso com criaturas assim, e ele era sistematicamente pisado e agredido, de quando em quando a revolta acumulava-se e ele tentava reagir, procurava no seu interior ferido um insulto para proferir, e no fim acabava por, já em atraso, gritar a bom som um raivoso poças, que era o melhor que a sua alma católica permitia. Vivia assim, a levar sem nunca reagir à altura e a ser pisado por todos.
A sua vida sentimental não era melhor, homem de boa aparência, nunca conseguira fazer uma relação ir para a frente, o seu dogma era uma prisão para a sexualidade, e nenhuma relação resiste à ausência total da sexualidade, e o mais próximo que conseguira chegar com uma mulher sem o remorso do pecado fora um ligeiro toque de mão num joelho, enquanto dava um suave beijo sem língua. Mas não admirava, crescera na pureza imaculada, convencido que a masturbação conduzia à Cegueira.
E agora, em idade avançada, já não conseguia sequer encontrar o estimulo que leva ao pensamento pecaminoso. Foi nesse momento, e já sem aguentar mais que o seu mentor se ergueu, e perguntou que raio fazia ele ali? Depois de ser insultado e agredido por vários alcoólicos em recuperação, que pensavam que ele estava a fazer pouco deles, acabou por perceber que recorrera ao grupo de terapia errado, confundira, graças à sua dislexia aquele grupo de Alcoólicos Anónimos com um grupo de de terapia para Acólitos Anónimos.
Então já bastante esmurrado e humilhado, conseguiu ainda pedir perdão pelo seu erro, agradeceu humildemente o tempo que havia roubado aquele grupo e saiu. Cá fora naquela raiva incontida gritou pela primeira vez um conjunto de impropérios, “-Bolas, póçoilas e Caraças!”.
A terapia estava a fazer-lhe bem!
Sempre convosco,
Cabrão de Nafarros Mestre

Lo Insulto!

Poucas coisas são gratificantemente libertadoras como um bom insulto aplicado no momento certo. Tem o efeito de uma ventania forte num dia nublado: deixa-nos o céu azul e solarengo. Limpa-nos a alma.
Não falo do insulto fácil, que não requer grande esforço dada a sua aplicação despersonalizada a qualquer pessoa ou situação. O insulto fácil é uma coisinha processada que sabe à mesma coisa em qualquer parte do mundo: um BigMac da retórica.
Agora um insulto personalizado e meticulosa ou inspiradamente aplicado é uma forma visceral de arte. Perpetuável no tempo, sem outra aplicação que não seja a original, que o viu nascer.


Sempre convosco,



Cabrão de Nafarros Mestre

quinta-feira, setembro 13, 2007

Não estou muito criativa e assim de repente!!!

A estação de televisão do Senhor brindou-nos finalmente com um argumento de telenovela original. Depois de dezenas de gémeos separados, de empregadas malcriadas adoradas pelo povo, de putos parvos sem sotaque brasileiro, eis que chega uma coisa quase totalmente original!

Uma novela em Alfama (já merecíamos depois do tetra nas marchas) sobre, aqui é que partiram a loiça toda, uma kick-boxer que trabalha para sustentar o namorado e é despedida para, aqui acabou a originalidade, ir procurar emprego onde se apaixona pelo director e se incompatibiliza com a gaja boa. O director, claro, namora com uma loura rica…

Pronto, não é assim muita criativo porque toda a gente sabe que Alfama (somos tetra campeões) está cheia de kick boxers que sustentam os namorados. Aliás basta passar por cá a meio da tarde para se ver as kick boxers de Alfama a refilarem, das janelas do primeiro andar, com os namorados que sustentam. Uma vez uma kick boxer de Alfama ía-me acertando com um bechiché que atirou ao namorado que ela sustentava (pénis de borracha pareceu abusivo e sem originalidade).

Bairrismos à parte, permitam-me que, em jeito de post aberto, sugira uma ideia para uma próxima novela. Vou tentar não incluir religião, sexo, TVI, política, futebol, sexo e homosexualidade. Cá vai:

A personagem central seria um Rapaz de 20 anos, ateu, que não tem televisão, nunca votou, é virgem e gosta de hoquéi, é virgem e nunca se deu com homens. Vantagem: só dá para 5 episódios e ninguém enjoa.

Saudações
Cabrão D´AlfamaMestre

terça-feira, setembro 11, 2007

Sines, 23 de Setembro de 2015

Chegou o momento! A Irmandade vai assistir emocionada à chegada do contentor nº5427447 que partir do porto de Glasgow há dois dias com as 20 caixas de 12 de Whisky Bruichladdich.

Quer dizer, a Irmandade não é bem assim:

- O Nuno estava a estudar para um exame que pediu para fazer ao professor de Caninos 3 (o cadeirão de medicina dentária) na Faculdade do povoado da margem sul. Por esta altura já trabalha clandestinamente num dentista numa cave de uma paralela à Avenida Fontes Pereira de Melo. Passa recibos alternadamente em nomE da Ana ou da Lúcia para não lhes rebentar com a quota. Mandou a Lúcia.

- O Nafarros tinha ido apitar uma final do Campeonato Europeu de Veteranos em Hoquei patins. Tinha deixado a arbitragem profissional depois do escândalo no Cinfães-Madragoa para a Taça das Marchas. Depois ainda foi a um Europeu de Seniores e apitou a final em que, imagine-se, Itália ganhou. Mandou a Maria.

- O Boina foi resolver um problema à Macedónia com uma clínica da Eurest (saiu assim e ache que ficava bem). Depois de fazer carreira na Persona onde, inclusivamente, chegou a ter um Ferrari atribuído, era o Responsável por todos os franchisings internacionais em países sub-desenvolvidos. Mandou a Sandrinha.

- O D´Alfama (eu) pediu à mulher se podia ir ver o contentor. Ela respondeu: “Vai vai. Se puderes volta só amanhã. Ah, quando arrancares para cima avisa, não vá ter cá alguém em casa. E leva os putos ou vai -los na tua Maezinha! Alfama foi com a Carolina, o Manel, o Tiago, a Carina e o Júlio (este último é sobrinho da esposa)

O pórtico pega no contentor. Lúcia, Maria, Sandra, D´Alfama, Carolina, Manuel, Tiago e Carina (no carro de gémeos) e Júlio dão as mãos. Há uma rabanada de vento e o contentor abana. D´Alfama tem suores frios e o telefone toca. A esposa diz: “Não entras em casa assim todo a soar. Toma banho por onde andas”.

Saudações
Cabrão D´Alfama
Mestre

segunda-feira, setembro 10, 2007

Cienticismos à parte, gosto muito!

A irmandadade, munida do seu conhecimento científico largamente comprovado, propôs-se a si mesma levar a cabo um estudo minucioso por forma a estimar qual é a queca preferida dos homens portugueses.

Desde já garantimos um rigor na elaboração das alternativas ao nível de um recente estudo de um jornal desportivo (quem vai passar à fase seguinte da liga dos campeões? Benfica, Sporting, Porto, Todos ou Nenhum).

Tristezas à parte, todos os interessados poderão introduzir as suas respostas sob a forma de comentários. Por forma a garantir a credibilidade inicial do processo, eu próprio farei 15 comentários anónimos que servirão simultaneamente para:
- Conduzir o resultado final para a resposta correcta;
- Dar a entender a minha opinião, leia-se, a resposta correcta;
- Poder proporcionar-vos a todos a participação num estudo científico em que a resposta é a correcta;
- Aumentar o número de visitas do blog (aliás vou andar mesmo de pc para pc)
- Dar sentido a todo o artigo porque o facto de eu próprio comentar é a parte engraçada, quer dizer, compõe o enredo da coisa.

Questão:
Qual é para si, em termos genéricos, a melhor queca?
1. Todas as quecas são boas
2. Com uma “míuda do dia” num átrio abandonado
3. Nas maldivas, dentro de água com a sua Senhora
4. Com vista desde a Serra de Sintra (leia-se ao ar livre)
5. Com a sua Senhora a meio de uma noite de sono
6. No vestiário da secção de desporto do El Corte Inglês

Participem!

Saudações
Cabrão D´Alfama

PS: Como devem imaginar não estou minimamente com vontade de fazer 15 comentários. De qualquer forma, não posso deixar de partilhar convosco qual é o resultado correcto:
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