quarta-feira, janeiro 24, 2007

Ai é?

Depois dos pensos higiénicos que põe as mulheres a fazer o pino em terraços de arranha céus de Nova York, depois dos ínumeros ultra-fast-slim-super-tonificadores-de-barriga-instantâneos-e-baratos a Dove devidiu usar um argumento imbatível:

"Se o sabonete passado algum tempo seca, imagine o que faz à sua pele."

Desculpem?

Hã?

Espero que não haja ninguém do ISCTE envolvido nesta campanha...

Imagine-se isto aplicado a ínumeros outros produtos:
- Bifes - Se ao fim de algum tempo secam e ganham bichos, imagine o que faz à sua pele;
- Preservativos - Se ao fim de algum tempo secam, imagine o que faz aos seus orgão genitais;
- Roupa em geral - se ao fim de algum tempo se gastam e ganham traça, imagine o que faz ao seu corpo.

Calo-me para não dar ideias. Já basta a Dove ter criado um sabonete que duram 25 anos sem ser usado nem ficar seco...

Saudações
Cabrão D´Alfama
Mestre

Três Períodos

As várias correntes da Filosofia/Psicologia criaram várias teorias acerca do crescimento do homem, mas numa manobra de bastidores vamos tentar revolucionar completamente as teorias instituídas e relegá-las para um plano insignificante da nossa volátil memória.
O homem, entende-se sexo masculino, só pressupõe três fases na sua vida madura, que giram em torno da esfera sexual, como não podia deixar de ser. A primeira fase é o chamado Período Pré-ejaculatório. Neste período o homem atinge um grau de obsessão preocupante na constante procura da cópula.
Atinge normalmente o grau 7 da escala de Kerosaltarparaacuecadealguémrápidoantesqueosmeustestículosrebentem.
O macho tem uma ideia fixa que é copular com alguém seja de que forma for. Dirige-se às discotecas e atira-se ao bando na esperança de concretizar o seu objectivo. Qualquer espécime serve em alternativa a mão, amiga de qualquer bolso das calças.
A segunda fase é o Período Ejaculatório, propriamente dito, em que o macho já está efectivamente na cópula a saciar a sua gula como um abutre no pico do Outono. Nesta altura registam-se níveis entre 4 e 9 da escala Daquinãosaiodaquiningémmetira. O macho pensa que já está a fazer aquilo para que foi criado.
A fase três, a última, para quem estava distraído é o Período Pós-ejaculatório, em que o macho acorda do cansaço e da bebedeira, olha para o lado e com uma onda de choque, que lha atravessa o corpo e lhe entorta as orelhas em nuances de caos, grita a plenos pulmões Ailateráqueseroutravez!!!!
Cumprimentos Cordiais,
Cabrão de Nafarros, Mestre.

Buzz

Vou dizer a verdade, toda a verdade, e escrevê-la aqui para se tornar um post, um texto, uma história.
Vou dizer a verdade, só a verdade e vou mentir e enganar com a verdade, que vai deixar de o ser para ser mais uma história.
Apenas uma história de “um triste e estranho homenzinho”, havia de me qualificar o Buzz Lightyear se me conhecesse.

Hesito, sempre que escrevo assim, a verdade, sem histórias na história – não me habituo a estórias, desculpa –, hesito, paro, olho em frente para a rua, olho em volta para o quarto vazio, levanto-me, pego no telemóvel e vou até à janela...E se te ligasse? E se te falasse, já que não te consigo escrever? E se me mostrasse assim, assim como sou, embaraçado, tímido, com a voz a falhar-me, a tremer, atado como um miúdo?

Se calhar nem me atendias, vias o meu número e punhas-me no silêncio, no vazio dos que não se conseguem ligar, dos que fogem de sentir, de se expor, de se magoar…Por uma vez não consigo sorrir, não o estou a fazer.

Triste e estranho homenzinho?, mas eu não sou um boneco, Buzz, não sou uma personagem, tu é que és, eu sou uma pessoa, um homem. Um rato?

Se calhar, sou eu que não aguento a verdade e torno a fugir, a escapar, a querer decidir por omissão, pela ausência, pela falta.

Ah! Se isto fosse verdade... estava feito, tramado, apanhado!

O Galão especial

– É hoje – disse o Alentejano, com um sorriso nos lábios, quando fomos tomar café.
– Hoje? – perguntei enquanto, ao mesmo tempo, acenava positivamente à empregada que me perguntara se queria o normal. O Alentejano acenou que não, queria um pedido especial.
– Mas quer café? – perguntou-lhe ela, enquanto colocava o meu croquete num pires e o punha em cima do balcão.
– Não – respondeu o Alentejano, dando meio passo atrás para, dessa posição, ver o conteúdo de todo o balcão expositor.
– Quero um galão e…A empregada olhou-me a sorrir, arqueou as sobrancelhas e sugeriu:
– Vou tirar o café para o senhor, enquanto se decide, está bem?
O Alentejano anuiu e sussurrou:– Se ela me tirasse o leite… – olhou-a com ar sonhador.
– Ah! Se ela me tirasse o leite da frente, é que era! – O Alentejano cerrou os dentes e abanou a cabeça.
– Está cada vez melhor, não está?
– Já escolheu? – perguntou ela, olhando pela superfície espelhada atrás da máquina de café.
– Eu?! – o Alentejano surpreendido pela pergunta, engoliu em seco, levantou os olhos das nádegas dela, sorriu como se não fosse nada com ele e respondeu com voz de falsete: – Já, já escolhi.
Ela pousou o café e o galão à nossa frente, esticou-se na nossa direcção e sem um sorriso, mas com os olhos a brilharem, perguntou-lhe num murmúrio:– E era fresco ou retardado?
– O quê? – Quis saber o Alentejano, surpreendido.
A empregada fez um esforço para não se rir, olhou para mim, tornou a fixá-lo e disse, sem levantar a voz:– O leite que eu lhe ia tirar da frente. Era fresco ou retardado?
O Alentejano engasgou-se, tossiu e corou (não necessariamente por esta ordem).A empregada recuperou a sua posição e ar sério atrás do balcão, piscou-me o olho, agarrou na tenaz e num pires.– E afinal, o que vai ser, sr. ?
– De quê? – O Alentejano ainda estava apalermado. Ela mostrou-lhe a tenaz.
– Ah! Isso… bolos – deixou escapar desanimado. – Pode ser um queque de noz. Ela, sem olhar para qualquer um de nós, colocou o bolo junto ao galão e afastou-se.
– Foste apanhado...Elas ganham sempre, não é?
O Alentejano fitou-me com um sorrisinho idiota e respondeu arqueando as sobrancelhas:– Quase sempre, Duarte.
– Fechou o sorriso, abanou a cabeça resignado e enquanto punha meio bolo na boca ainda repetiu: – Quase sempre…
Saudações,
Cabrão de Nafarros, Mestre.

Os alarves da restauração colectiva

Como uma pintura brutal a óleo.. Como uma descrição de um cenário de Dante.. Esboços diários de uma gente que se cruza comigo.. que nada tem haver comigo..
Alarves habituados ao arrebanhar de vícios no dia a dia, são pessoas que agem como animais.. Não existem aqui códigos deontológicos, lealdade, princípios, respeito ou virtudes. Desceram tão baixo na sua natureza humana.. nunca discerniram.. ou há muito que o seu cérebro atrofiou.. como fio de lã em novelo mal arrumado.
Este é um tipo de gente que concorre com os porcos. E para mim o porco é uma animal de respeito.
Imagino-os a todos, de vez em quando, a comerem-se como escaravelhos.. Imagino-os a atropelarem-se uns por cima dos outros para lamber as botas de alguém.. tipo bufalos a atravessar um rio..
Deus a todos concede as mesmas oportunidades. Mas estes carácteres, há muito que perderam a noção de dignificar.. de agir pedagogicamente.. de contribuir para um objectivo comum que não seja o arrebanhar do seu quinhão miserável do quotidiano.
Imagino-os cheios de gordura.. É um tipo de gente escorregadia.. Sem um olhar humilde.. Cheios de recalcamentos, frustações, mágoas mal resolvidas, sem qualquer tipo de orientação, ou plano de vida espiritual.
É por estas e por outras que ser-se jardineiro na Holanda, ou Pastor de Vacas na Índia é-se bem mais interessante.. e sempre tem-se algum retorno.

Apesar de tudo.. Entre estes existem 2 ou 3 que são boa gente.
e a gordura tira-se é com gente inteligente.. desculpem.. com detergente!

Saudações
MCDB

domingo, janeiro 21, 2007

Flashes de um novo rumo..

Diz quem é sabido em termos e conceitos de Karmas, ou seja astrologia, que a sensação de Deja-Vu advém de um ponto de mudança no destino.
Há quem seja determinantemente contra estes assuntos, queira desmistificar.. etc.. n vou perder tempo a falar nisso.. isso agora n interessa nada.. seria o mesmo que discutir o sexo dos anjos, ou o aborto.
Por isso.. e por muitas outras coisas, deixo os meus votos de novos rumos para um novo ano.
A única coisa certa na vida para além da morte.. e do amor (para mim)é que se não escolhermos novos rumos.. podemos ter a certeza que nada irá mudar em nós, na nossa envolvente.. nas nossas vivências, valências, competências..




Saudações Kármicas !!
MCDB