quarta-feira, novembro 08, 2006

Que idade tens?

Na ressaca do fim-de-semana desportivo achei por bem escrever alguma coisa sobre o mau tempo e as inundações.

É uma chatice do caraças quando a água sobe e nos entra pelas casas. Aliás, mais chato acho que só alguém cantar por mim.

O pior é que o chão normalmente levanta passado um ano, que é justamente quando a malta pensa: “finalmente acabei de arranjar a casa desde a cheia do ano passado”. Ao menos os móveis de madeira têm mais honestidade – apodrecem quase imediatamente, então se forem daqueles de madeira prensada… meu amigo!

E depois normalmente, sobretudo nas casas mais baixas, entra muita lama. Eu imagino o trabalho que dá, se limpar Alfama nos santos foi o eu foi…

Tem também coisas boas, ficamos a gostar do vizinho estúpido do 1º andar porque ele nos ajuda a despejar uns baldes de água e, melhor que tudo, deixamos de gostar dele novamente na semana a seguir – é só ele tomar um duche de 1h às 2am…

Mas o melhor de tudo é que nas cheias conhecemos pessoalmente o Presidente da Junta, o Presidente da Câmara, o Governador Civil e, com sorte ou azar, dependendo do ponto de vista, um Ministro ou mesmo o Presidente. Até é bom, para quem não pode ir visitar o Palácio de Belém no 5 de Outubro.

De qualquer forma, nem Alfama não há cheias, nem as tem havido cheias, pelo menos até ver.

Saudações
Cabrão D´Alfama
Mestre

PS: Apeteceu-me escrever assim…

terça-feira, novembro 07, 2006

Um sofá para dois.. uma lágrima seca no teu olhar


Estou tão cansado de estar aqui
Reprimido por todos os meus medos infantis
E se tiveres que partir
Eu desejo que vás
Porque a tua presença ainda persiste aqui
E isso não vai me deixar sozinho
Estas feridas parecem não cicatrizar
Esta dor que é demasiado real
muita coisa que o tempo não pode apagar
Se chorasses eu iria colher todas as lágrimas
Se gritasses eu iria lutar contra todos os teus medos
Iria segurar na tua mão durante todos esses anos
Mas tu ainda tens
Tudo de mim..
tu costumavas cativar-me
Com tua vida ressonante
Agora eu estou destinado à vida que deixaste para trás
O teu rosto frequenta
Os meus sonhos alegres
A tua voz persegue
Toda a sanidade em mim
Estas feridas parecem não cicatrizar
Esta dor que é demasiado real
muita coisa que o tempo não pode apagar
[]
Tenho tentado dizer a mim próprio que partiste
Mas penso que ainda estás comigo
Tenho estado sozinho todo esse tempo
[]

uma manta..
um abraço..
um beijinho..
10000 milhas marítimas.. 400km.. distâncias que não conseguem assustar..

Saudações
MCDB