quinta-feira, julho 07, 2005

Este país que eu adoro parte III

Todos sabem, mas tenho um exemplo concreto:

Uma senhora de 74 anos toma vários comprimidos, sendo um deles o Ebixa 10 miligramas, em caixas de 56 comprimidos que não dão para um mês. Este medicamento custa 123,23€ por caixa e é utilizado para problemas do cérebro, como por exemplo a doença de Alzeimer.

Para obter comparticipação neste medicamento os médicos têm de referir na receita a Portaria ou Despacho, sei lá, D-21094/99 / 22.

Só que neste país que eu adoro os médicos, sim esses mesmo que entram para a faculdade com médias de 20 valores, esquecem-se que a receita deste medicamento tem conter a referência da Portaria ou Despacho sei lá. Pois, não duvido que para ter média de 20 tenham ficado com o cérebro queimadito...

Anda então esta senhora de 74 anos com a nota na caixa dos medicamentos para não se esquecer: “Receita com Portaria – Despacho D-21094/99 /22” mas também para lembrar os tais médicos que tiveram média de 20.

Pouco depois de tomar contacto com esta realidade estava a ver a Ally Macbeall e a mulher da minha vida sentou-se ao meu lado:
”Gonçalo este filme é estrangeiro não é?”
“É proquê?”
“Eu não gosto de ver estes filmes. Uma pessoa começa a ler as legendas e quando vai a meio desaparecem. Também te acontece?”
“Também vó.”

Nem vou falar das curtas reformas gastas em comprimidos e médicos, ou das penosas caminhadas para o centro de saúde para pedir segundas receitas com Portaria ou Despacho, não! Prefiro lembrar que neste país que eu adoro há mesmo médicos que têm média de 20 e andam por aí com o cérebro queimadito a atender os doentes.

Saudações
Cabrão D´Alfama
Mestre

terça-feira, julho 05, 2005

Poema à família

De um poeta desconhecido do público em geral...

"
Tenho uma família!
um clã,
Em que alguns não se fia
Mesmo que não se desconfie
Que esse não tem uma mente sã

Mas isto não interessa nada...

O que é verdade
É que gosto de todos
Mesmo daqueles que não gosto
Esses não poderiam escolher
E para castigo assim
vão ter que viver
a gostarem de mim

Mas isto interessa nada
Eu sou da família

Tenho irmãos do meu pai
Que são inconvenientes
Mas por uma questão de respeito
Não há quem lhes atribua esse feito
De assaz estupidez
Mas tenho outros que amo
Pois são dotados por razões genéticas
De uma brutal inteligência
E de uma franca atitude
Na plenitude da razão

Mas isto não interessa nada
Eu sou a família e eles também são
Nós somos todos: A FAMÍLIA

Uma verdade que ultrapassa a própria imaginação de todos estes: A FAMÍLIA
Um amor de mau estar, por vezes, familiar.

Assina: Um descendente!
"

Adolfo Caldeira

Saudações
Cabrão D´Alfama
Mestre