quinta-feira, agosto 30, 2007

Um pouco de politica.... ou não.

Veja-se a postura dos partidos de direita em relação ao ataque que um bando de desempregados com a mania que são ambientalistas dirige contra a propriedade privada. Parecendo que não, é isto que explica os resultados miseráveis. PSD e CDS merecem cada voto que não lhes é dado.
Não há política em Portugal para além da Ota e da senhora da DREN.

Quando nos deparamos com um ataque declarado à propriedade, está tudo a pensar na melhor estratégia para derrubar José Sócrates, que oxalá, e eu nem sou socialista, ofereça uma monumental derrota a esta direita, vencendo as próximas eleições legislativas com trinta maiorias absolutas. Trinta e cinco. E em duas voltas! Realizem-se duas voltas nas próximas legislativas para Sócrates ganhar duas vezes.

Talvez daqui a umas semanas, no parlamento, os oradores enfiem o episódio do milho no discurso para dar cor ao vazio de ideias e de estratégia. Grandes frases feitas, que ecoam quinze dias nas galerias do metro. Inconsequentes, porém.

E as juventudes partidárias? Aquelas juventudes que conseguem organizar debates sobre energia nuclear ou conferências sobre localização de aeroportos, ficam a dormir quando uns palermas com penachos no cabelo dão cabo da pièce de résistance das suas convicções. Também querem, como os adultos, vencer Sócrates amanhã.

O aborto é que interessa. E também os helicópteros que não têm licença para voar. Quanto ao crime do milho, requerem-se audiências no parlamento para ouvir ministros. Ministros esses que já manifestaram descontentamento sobre este assunto e que estão ansiosos por ir ao parlamento dizer coisa nenhuma, deixando a satisfação estampada no rosto dos deputados que vêem a missão cumprida.

Não há ninguém que venha exigir a ilegalização de associações que agridem publicamente direitos fundamentais, seja por pensamentos, por actos ou omissões? Não há ninguém que defenda uma alteração à lei que permite a ridicularização dos soldados da GNR, treinados única e exclusivamente para passar multas? Sobre isto, aliás, impunha-se um debate profundo. Em que república se admite que os soldados fiquem no meio de invasores de propriedade alheia, tão indefesos quanto o milho que é destruído nas barbas do agricultor?

Enfim. Com esta direita, não sei onde pode chegar a esquerda.




Sempre convosco,


Cabrão de Nafarros Mestre